O governo dos Estados Unidos pediu neste domingo (6) a aeroportos de outros países com voos diretos para seu território que intensifiquem as medidas de vigilância de equipamentos eletrônicos.
Em um comunicado, a Agência de Segurança dos Transportes dos EUA (TSA, na sigla em inglês) solicita que, nos procedimentos de segurança, os passageiros passem a ligar seus aparelhos, inclusive telefones celulares -aqueles que estiverem sem bateria e não funcionarem não serão autorizados no embarque.
Embora o governo americano não tenha controle sobre a segurança em aeroportos estrangeiros, as companhias aéreas internacionais que operem voos diretos para o país são obrigadas a cumprir os requisitos de segurança estipulados pela TSA.
Reino Unido, França e Alemanha já afirmaram que seguirão as novas diretrizes. A Folha não conseguiu confirmar se o Brasil fará o mesmo. Não se sabe ainda quantos aeroportos e países serão afetados pelas operações mais rigorosas de segurança, mas especula-se que elas se concentrarão na Europa e no Oriente Médio.
Segundo a agência de notícias Reuters, funcionários de alto escalão do governo americano teriam recomendado atenção especial com a segurança de telefones celulares produzidos pela Apple e pela Samsung.
As diretrizes da TSA são desdobramento de anúncio feito na semana passada pelo Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, que prometia estabelecer maior rigor em operações de segurança em aeroportos internacionais.
As alterações são baseadas em novas informações obtidas pelo governo de Barack Obama. Agências de inteligência têm apontado maiores riscos de ataques terroristas em território americano. As ameaças são “críveis”, de acordo com funcionários do governo, que não fornecem maiores informações.
A imprensa do país destacou, nos últimos dias, que a rede terrorista Al Qaeda -responsável pelos atentados de 11 de Setembro- estaria desenvolvendo uma bomba indetectável pelo sistema de segurança de aeroportos. Analistas creem que a mudança das normas esteja relacionada à atuação de militantes islâmicos na Síria e no Iêmen.
Grupos ligados à Al Qaeda no Iêmen, segundo diversas reportagens recentes, têm tentado descobrir maneiras de derrubar aviões com explosivos escondidos.
Essa organização terrorista foi responsável por planos fracassados envolvendo ataques suicidas com bombas escondidas nas roupas íntimas e em cartuchos de impressoras.
Há receio, assim, de que passageiros de aviões com passaportes americanos ou ocidentais -e, portanto, menos suscetíveis às medidas de segurança- voem aos EUA carregando a nova bomba.
Outra preocupação é a ida de cidadãos americanos para a Síria, onde se juntariam à Frente al-Nusra, de combate ao governo de Bashar al-Assad -temor compartilhado por outros governos, como o do Reino Unido.
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